quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Produção de veículos tem crescimento de 8,4% e fica no negativo em exportações



A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou nesta terça-feira (6) o balanço da indústria no mês de julho, que registrou aumento de 8,4% na produção de veículos em comparação com o mesmo mês de 2018. O cálculo abrange automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

Em números, a produção deste ano foi de 266,4 mil, ante 245,6 mil do ano passado. Se compararmos o desempenho com o mês de junho, no qual a produção foi de 233,2 mil, o aumento foi de 14,2%. No acumulado do ano, o setor registrou aumento na produção de 3,6%, em comparação com os primeiros seis meses de 2018.

Com base nos dados, um dos pontos que chamam a atenção é a alta concorrente do mercado nacional e a pouca competitividade dos veículos automotivos brasileiros no mercado exterior, já que houve uma queda de 38,4% nas exportações do período de janeiro até julho em comparação ao mesmo ciclo de 2018.

Segundo a entidade, a grande concorrência ocorre porque por um lado se tem mais de 60 marcas disputando o mercado de veículos, máquinas agrícolas e rodoviárias, com uma oferta de quase 2.200 modelos e versões de todos os tipos, a grande maioria (87,9%) produzida localmente. Isso sem falar de marcas que passaram pelo país nas últimas décadas, mas não resistiram à disputa acirrada do mercado. “Em outros grandes segmentos da economia, geralmente se conta nos dedos de uma mão o número de empresas disputando o mercado brasileiro”, comparou Moraes.

Sobre os números de exportação, Moraes destaca que exceto na Argentina, onde os veículos brasileiros representam 63,1% das vendas, os veículos produzidos no Brasil acabam ficando com uma pequena fatia do mercado internacional. No México, parceiro de livre comércio, apenas 5,8% dos carros vendidos são feitos no Brasil. No restante da América Latina, que deveria ser um grande destino para produtos brasileiros, não chega a 10% de participação. Pior é nos outros continentes, onde os carros produzidos no Brasil só conseguem abocanhar fatias inferiores a 1%.


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