Nos últimos meses, pessoas e empresas tiveram que se adaptar a novos hábitos, onde o isolamento social se tornou um grande obstáculo para a realização de atividades e projetos pessoais.
Os impactos, sem dúvida, são evidentes, já que todos os assuntos e planejamentos giram em torno de um desafio: sobreviver em meio a pandemia do coronavírus.
Nas indústrias não foi diferente. Nos meses de março e abril, com decretos lançados em todos os estados brasileiros, muitos negócios tiveram que parar suas atividades, o que consequentemente trouxe prejuízos econômicos.
Algumas empresas tiveram que encerrar atividades, demitir funcionários e outras apostaram em inovações e modos de enfrentar a crise que se instalava no mundo.
Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), entrevistou mais de 400 empresas, onde 83% responderam que estão apostando na inovação para sobreviverem pós-pandemia.
Cerca de 58% dos entrevistados dos setores da indústria afirmaram que irão implantar inovações dentro da linha de produção, sendo esta uma alternativa criada para correr atrás dos prejuízos com a paralisação das atividades.
Novos modelos de trabalho para os setores industriais
O investimento em flexibilidade no trabalho para setores industriais foram algumas das medidas adotadas pelas empresas, permitindo que suas atividades continuassem, sem deixar de lado a saúde de seus colaboradores.
Sendo assim, o trabalho remoto tem sido importante aliado das empresas, mostrando que produtividade não está diretamente ligada a quantidade de horas trabalhadas, nem mesmo ao local de trabalho, como os escritórios.
Apesar de estarmos falando de um dos setores mais tradicionais da economia, segundo a diretora de Inovação da CNI, Gianna Zagacio, o contexto atual sugere às indústrias novas possibilidades referentes as tecnologias, implantação e aperfeiçoamento nos modelos de gestão para as empresas se manterem em meio à crise.
Com o crescimento dos setores relacionados a prestação de serviço, a demanda das fábricas teve que se adaptar, precisando a empresa investir em tecnologia para acelerar o modo de produção, mesmo com a restrição de colaboradores trabalhando.
Inovações tecnológicas nas indústrias
Nesta mesma pesquisa da CNI, também foi abordado temas como impactos na produção, onde 68% dos entrevistados responderam que tiveram alterações na forma de produzir, sendo necessário e importante o investimento em tecnologia.
Contudo, entre essas mudanças está a implantação da indústria 4.0, uma forma de automatizar os processos de gestão, controlar meios de produção e implantações tecnológicas que facilitam esses processos.
As adaptações das empresas vão de acordo com cada segmento. Um exemplo são as indústrias têxteis, que apostaram na produção de máscaras e roupas hospitalares, para se manter funcionando mesmo com a demanda reduzida.
Agora, com as técnicas certas tudo é mais fácil, seja para confeccionar, consertar ou apostar em métodos inovadores para continuar funcionando mesmo após a pandemia. O bico aplicador para uma cola, por exemplo, gera uma grande facilidade para não fazer bagunça e não gerar um retrabalho.
Por esse motivo, as indústrias têxteis buscaram utilizar de seus recursos já existentes, e apostar na confecção de um novo produto para o seu portfólio.
Outro exemplo é a multinacional Weg, uma das maiores empresas de fabricação e comercialização de geradores, transformadores e motores elétricos, que viu na produção de respiradores artificiais uma forma de empreender em meio a pandemia.
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