Campinas é um município brasileiro no estado de São Paulo.
Considerada a décima quarta cidade brasileira mais populosa e o terceiro município mais populoso do estado de São Paulo, tem seu nome advindo de sua paisagem característica, que originalmente compreendia grandes extensões de florestas subtropicais densas (mato grosso ou madeiras espessas), principalmente ao longo de muitos rios, intercaladas por colinas ondulantes cobertas por vegetação rasteira.
Estimativas do poder público local apontam que sua região metropolitana contém vinte municípios, atingindo uma população total quase quatro milhões de habitantes.
Histórico e crescimento de Campinas
A cidade foi fundada em 14 de julho de 1774, por Barreto Leme. Inicialmente, era um posto avançado simples a caminho de Minas Gerais e Goiás, servindo aos bandeirantes que procuravam minerais preciosos e índios para escravizar. Na primeira metade do século XIX, Campinas tornou-se um centro populacional crescente, com muitas fazendas de café , algodão e cana-de – açúcar.
A construção de uma ferrovia ligando a cidade de São Paulo ao porto de Santos, em 1867, foi muito importante para o seu crescimento. Na segunda metade do século XIX, com a abolição da escravidão, a agricultura e a industrialização atraíram muitos imigrantes estrangeiros para substituir a mão de obra perdida, principalmente da Itália.
O café se tornou uma importante exportação e a cidade ficou rica. Em consequência, um grande setor de serviços foi estabelecido para atender à crescente população e, já nas primeiras décadas do século XX, Campinas podia se orgulhar de ter uma casa de ópera, teatros, bancos, cinemas, estações de rádio, uma orquestra filarmônica, dois jornais (Correio Popular e Diário do Povo), um bom sistema de ensino público (com a Escola Normal de Campinas e o Colégio Culto à Ciência) e hospitais referência, como a Santa Casa de Misericórdia (uma instituição de caridade para pessoas pobres).
Região Metropolitana: demonstrativo de crescimento
A partir de 2010, Campinas tornou-se uma região metropolitana oficial (RMC – Região Metropolitana de Campinas), com 19 municípios, com um total de 2,8 milhões de habitantes e uma área total de 3.348 quilômetros quadrados (1.293 milhas quadradas) (dados de 2010) , adjacente à região metropolitana de São Paulo (RMSP). A região metropolitana de Campinas também compreende um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 70,7 bilhões de reais (cerca de US $ 42 bilhões) e suas principais cidades são: Americana, Artur Nogueira, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.
Economia e expansão industrial
Campinas é a cidade mais rica da região metropolitana de Campinas e a 10ª cidade mais rica do Brasil, apresentando um produto interno bruto (PIB) de 36,68 bilhões de reais (2010), o que representa quase 1% (0,998%) de todo o PIB brasileiro. Atualmente, a cidade concentra 10% da produção industrial do Brasil.
A cidade possui indústrias de alta tecnologia e o parque metalúrgico, considerados a capital do Vale do Silício Sterling. A região abriga 17.677 indústrias, o segundo maior número no Estado de São Paulo. Seu complexo petroquímico está localizado no sudeste, a poucos quilômetros de Campinas, próximo à refinaria da Petrobras Planalto Paulista (Replan), a maior do Brasil e uma das maiores da América Latina, e possui empresas como Dupont, Chevron, Shell , Exxon, Grupo Ipiranga, Eucatex, Rhodia e outros. Essas maiores empresas chegam a ter um faturamento global superior a US$ 80 bilhões, maior que muitos países da América Latina.
A companhia aérea TRIP Linhas Aéreas está sediada em Campinas. O aeroporto de Viracopos também é o centro operacional da Azul Airlines. A indústria automotiva também está fortemente representada: a General Motors, Mercedes-Benz, Honda, Magneti Marelli, Eaton Corporation, Tenneco, Toyota e muitas outras estão presentes. Também possui um setor considerável da indústria farmacêutica, com empresas como Medley Farma, EMS Farma, Altana, Merck Sharp e Dohme , Cristália , Valeo , etc.
Infraestrutura e crescimento imobiliário em Campinas
A cidade cresceu tanto nos últimos anos que isso trouxe a uma enorme expansão no setor imobiliário, o que leva muitos trabalhadores a buscarem moradia na cidade, procurando por anúncios de imóveis para comprar e alugar nas imobiliárias em Campinas.
Foram construídos vários shoppings, sendo dois deles o Iguatemi Campinas e o Shopping Parque Dom Pedro. Campinas possui, em sua região metropolitana, o maior aeroporto de carga para importação/exportação, o Aeroporto Internacional de Viracopos, uma entidade importante no transporte internacional de carga.
A Região Metropolitana de Campinas abriga muitas indústrias nacionais e internacionais de alta tecnologia e empresas de TI, incluindo IBM, Dell, Motorola, NXP, Lucent, Nortel, Compaq, Celestica, Samsung, Alcatel, Bosch, 3M, Texas Instruments , CI&T e Daitan.
Segundo o ranking mundial de universidades do Times Higher Education 2007, a Universidade de Campinas ( Unicamp) é a 177ª melhor universidade do mundo e a segunda melhor da América Latina (depois da Universidade de São Paulo em 176º lugar). Campinas também possui o maior número de incubadoras de empresas de alta tecnologia e parques industriais (um total de oito), como o CIATEC I e II, Softex, TechnoPark, InCamp, Polis, TechTown, Parque Industrial de Campinas e outros.
A presença de uma das maiores refinarias de petróleo da América Latina (350.824 barris (55.776,6 m3) de petróleo por dia), operada pela Petrobras no município vizinho de Paulínia, atraiu muitas empresas petroquímicas para a região de Campinas, incluindo a DuPont , Rhone -Poulenc e Royal Dutch Shell. O Programa Pró-Álcool brasileiro foi desenvolvido em Campinas: toda uma indústria baseada no uso de etanol como combustível para veículos automotores, passando de uma nova cana rica em sacarose , até refinarias de álcool, um enorme sistema de distribuição e, mais recentemente, um motor de combustão interna capaz de usar gasolina ou etanol.
Outros exemplos de tecnologias criadas em Campinas são a fibra ótica, lasers para telecomunicações e aplicações médicas, projeto e fabricação de circuitos integrados, monitoramento ambiental por satélite de recursos naturais, software para agricultura, comutadores telefônicos digitais, plataformas e tecnologias de exploração de petróleo em águas profundas, equipamentos biomédicos, software médico , engenharia genética e tecnologias de DNA recombinante para produção de alimentos e produtos farmacêuticos e engenharia de alimentos. Por esse motivo, Campinas foi chamada de Vale do Silício Brasileiro.
Isso tudo atrai inúmeros visitantes e novos moradores, o que tem contribuído para a expansão de seu mercado imobiliário, aumentando exponencialmente a busca por imóveis à venda em Campinas.
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