Você sabia que fazer a manutenção preventiva do seu veículo ajuda a economizar?
Afinal, diferentemente da manutenção corretiva, uma revisão periódica busca se antecipar aos problemas.
Além disso, há a questão do desempenho e do consumo do carro.
Quando tudo funciona bem, isso reflete também no consumo de gasolina do veículo.
Mas não há motivo maior para cuidar bem do seu veículo do que para a sua própria segurança.
Quem assume esse compromisso se protege melhor contra falhas mecânicas que podem comprometer o controle do carro, diminuindo o risco de acidentes.
E não se pode deixar, ainda, de falar sobre as multas geradas a partir de problemas relacionados a itens obrigatórios do automóvel.
Em alguns casos, os custos gerados ao condutor podem ser bastante elevados.
Neste artigo, você vai conferir um checklist com 19 dicas úteis sobre como fazer a manutenção preventiva do seu automóvel.
Para saber como manter a manutenção do seu veículo sempre em dia, leia este artigo até o final.
Boa leitura!
O Que é Manutenção Preventiva de Veículos?
A manutenção preventiva é aquela que você faz de tempos em tempos para prevenir seu carro de problemas que podem surgir eventualmente.
Dentro da manutenção preventiva, enquadram-se verificações mais simples, como de estepe, extintor de incêndio, do limpador de para-brisas, do nível de óleo, de lanternas e piscas, dentre outros itens.
Mas não deixe o fato de cuidados simples parecerem, a você, desnecessários, pois eles são essenciais para a sua segurança e para não ser multado.
Já imaginou ser parado em uma blitz e estar com farol queimado ou sem limpador de para-brisas? Ou, ainda, com pneus carecas ou sem estepe?
Além de ser uma situação bastante constrangedora, o valor a pagar seria alto.
Assim, levar seu carro para a revisão serve também para você não receber pontos na sua CNH, a Carteira Nacional de Habilitação.
Muitos condutores não sabem qual é o momento certo de levar o veículo para manutenção.
Se essa é uma dúvida sua também, fique tranquilo, pois vou solucionar essa questão na próxima seção deste artigo.
Quando Você Deve Fazer a Manutenção Preventiva?
Basicamente, não existe uma data específica para realizar a manutenção preventiva de seu carro, pois tudo depende da marca e do modelo.
Como regra geral, porém, ela precisa ser feita a cada seis meses ou a cada dez mil quilômetros rodados– o que vier primeiro.
Caso esteja em dúvida, o manual do proprietário traz exatamente de quanto em quanto tempo seu carro precisa de uma revisão, como também é chamada a manutenção preventiva.
Além disso, se seu automóvel for zero quilômetro, você precisa ficar ainda mais atento às revisões obrigatórias.
Se é seminovo e passou por todas as revisões obrigatórias de concessionária, você também deve lembrar-se de levá-lo periodicamente a um mecânico de confiança.
É importante lembrar, ainda, de que seu estilo de direção e situações às quais o carro é exposto contribuem para reduzir os intervalos entre as manutenções.
Enfrentar muita poeira, estradas esburacadas, ficar parado em congestionamentos por muito tempo ou viver em locais onde a alta temperatura é comum são situações que podem exigir que a manutenção preventiva seja feita antes do previsto.
Cabe a você ficar atento a sinais de problemas em seu veículo e fazer uma inspeção quinzenal no seu carro.
Confira lanternas, pneus, nível do óleo, filtro de ar, freios, embreagem, bateria, ar-condicionado e outros itens básicos de seu veículo.
O check-up completo não chega a 15 minutos e ajuda a evitar problemas.
Caso algum item esteja apresentando defeito, vá a um mecânico da sua confiança para fazer a manutenção.
Perceba que não existe muito mistério em relação à periodicidade da manutenção preventiva.
Para ajudá-lo a saber o que deve ser analisado em seu veículo, para que ele funcione sempre em boas condições, veja a lista a seguir, na qual dou 19 dicas de manutenção preventiva.
Checklist de Manutenção Preventiva de Veículos: 19 Dicas de Como Fazer
Neste tópico, vou mostrar quais itens devem ser revisados dentro da manutenção preventiva, como fazer isso e o que cabe ao proprietário e condutor do veículo para garantir o bom desempenho e funcionamento do carro.
Está pronto?
Então, vamos à lista!
1. Alinhamento de direção (suspensão dianteira)
Notar que o alinhamento de direção do seu automóvel não é mais o mesmo não é uma tarefa muito fácil.
Afinal, o desgaste desse item é lento e vai progredindo aos poucos, o que faz, muitas vezes, com que o motorista não note a diferença.
Entretanto, os carros costumam apresentar indícios de que a direção está desalinhada.
Por isso, busque os sinais que o carro pode estar lhe transmitindo, pois assim você economiza em futuras manutenções.
Mas como notar isso?
A seguir, apresento alguns sintomas para você observar.
Freios: um funcionamento errado do sistema de frenagem do seu carro pode causar problemas na direção ou, até mesmo, aumentar a distância de frenagem, o que significa um risco.
Isso sem falar no desgaste acentuado dos pneus.
Você pode verificar os freios durante o seu uso, analisando como eles estão respondendo.
Se notar qualquer diferença, vá até um mecânico de sua confiança.
Carga pesada: se o peso da carga que está no seu veículo for maior do que a recomendação de fábrica, ou se não estiver distribuído uniformemente, isso irá forçar algumas peças responsáveis pela geometria da direção e do eixo traseiro.
Na prática, seu carro vai acabar forçando mais o motor para rodar e pode comprometer o alinhamento e a geometria.
Por isso, não carregue peso excessivo no carro.
Também vale lembrar que, quanto maior o peso que você carregar, maior será o consumo de combustível.
Volante duro: se você sentir que o volante do carro está mais duro do que o normal, pode ser sinal de que a direção não está alinhada.
Vale salientar também que isso força o desgaste das peças, diminuindo o desempenho do veículo na cidade e na estrada.
Performance: falando em estrada, um bom teste de verificação da direção do veículo e do seu alinhamento é tirar as mãos do volante ao andar em linha reta.
Se o carro pender para qualquer um dos lados, significa que ele está desalinhado.
2. Rodízio de pneus
Aqui entra um dos principais itens a se verificar na manutenção preventiva do seu carro: os pneus.
Pneus “carecas” significam problemas, pois, em dias de chuva, o seu carro pode acabar derrapando.
A lei exige que as ranhuras do pneu tenham pelo menos 1,6 mm de distância do piso, a fim de gerar “calhas” por onde água na pista possa escoar.
Quando os pneus começarem a se desgastar, verifique periodicamente a altura das ranhuras.
Além disso, lembre-se de que é necessário verificar se existem pedras, saibro, pregos ou parafusos no pneu, e se ele não perde pressão após retirá-los.
E, finalmente, mantenha-os calibrados. A recomendação é calibrar a cada 15 dias, incluindo o estepe.
3. Correias do motor
Existem diversas correias no motor com funções e “prazos de validade” diferentes. A mais conhecida delas é a correia dentada.
Se ela arrebentar, o carro simplesmente para e, se arrebentar com o motor funcionando, pode acabar estragando mais peças.
Recomenda-se que a cada seis meses seja feita a revisão desse item importantíssimo para o motor.
4. Radiador
Imagine a seguinte cena: você está dirigindo seu carro quando, de repente, começa a sair fumaça do seu motor.
Isso significa que está acabando a água do seu radiador e, consequentemente, danificando o sistema de arrefecimento do seu veículo, o que pode gerar um problema muito maior: a fundição do motor do carro.
Para que isso não aconteça, é necessário verificar os níveis de água do radiador.
Atenção! O motor deve estar frio para fazer a verificação.
O recomendado é que seja antes de ligar seu carro.
Mas como fazer?
Verifique o nível de água e, caso esteja abaixo do mínimo, acrescente água no tanque do radiador.
Também existem outros problemas correlacionados, como a tampa do tanquinho mal fechada ou, até mesmo, a bomba d’água com vazamentos.
5. Óleo
Como já comentei anteriormente, a troca de óleo é necessária para manter a saúde do veículo em dia, pois é o óleo que lubrifica e retira as impurezas do motor do seu carro.
Para fazer essa verificação, é necessário que o motor esteja desligado há, pelo menos, cinco minutos, para todo o óleo descer ao seu compartimento.
Para verificar, será necessário uma flanela ou papel higiênico. Retire a vareta de medição do óleo e limpe-a com a flanela ou papel. Recoloque-a no seu compartimento e espere dez segundos.
Retire novamente a vareta e, dessa vez, veja se o óleo está entre as duas marcas na ponta da vareta. Caso esteja acima da segunda marca, significa que há óleo demais e será necessário drenar um pouco, fazendo a chamada “sangria”.
Caso esteja abaixo da primeira marca, significa que está faltando óleo no seu carro e é necessário repor.
A troca também será necessária para o filtro de óleo, pois ele retém as impurezas geradas pelo motor.
De nada adianta colocar um óleo de boa qualidade se o filtro está sujo.
Importante: quando for repor ou trocar o óleo, lembre-se de olhar no manual do proprietário qual é o óleo mais apropriado para o seu veículo.
Vale ressaltar que cada tipo de óleo possui uma quilometragem indicada a percorrer.
6. Palhetas e limpadores do pára-brisa
Uma borracha gasta pode fazer com que seu para-brisa fique arranhado.
As palhetas e limpadores do para-brisa dão sinais claros de desgaste, a começar por arranhões no vidro e excesso de barulho.
A verificação dos limpadores precisa ser periódica, não apenas nos casos em que é necessária a sua utilização, como em uma chuva forte.
Já imaginou acionar o limpador e ele não funcionar durante uma forte tempestade?
Não dá para correr esse risco, certo?
7. Lâmpadas
Um item muito cobrado de seu carro, além do motor, são as lâmpadas e lanternas que, de tempos em tempos, acabam queimando.
Não custa lembrar que conduzir veículo com lâmpada queimada é proibido, conforme o inciso XXII, do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
A infração é considerada média, gerando penalidade de multa de R$ 130,16 e acréscimo de quatro pontos em seu documento de habilitação.
Lembrando que não é possível indicar condutor em caso de multa por farol queimado.
Indico que, a cada 15 dias, sejam verificadas as lanternas e piscas para garantir que você não seja multado.
8. Filtro de ar do motor
Essa é uma manutenção preventiva básica e de preço mais ameno, mas que, caso seja negligenciada, gera problemas no motor de seu carro.
O filtro é responsável por auxiliar na performance do motor, filtrando impurezas e jogando ar na câmara de combustão.
Você percebe que o filtro está sujo quando seu carro começa a forçar o acelerador para rodar.
Além disso, um filtro sujo aumenta o consumo de combustível.
9. Velas
As velas são responsáveis por gerar a faísca da ignição, fazendo com que o motor dê a partida.
Elas também diagnosticam possíveis problemas enfrentados pelo motor, como passagem de óleo para os cilindros e até mesmo se você precisa trocar de posto, já que “denunciam” um combustível adulterado.
Elas também devem ser trocadas periodicamente, junto dos cabos da vela.
A sua substituição varia muito de modelo para modelo, podendo ser a cada 15.000 km, ou até mesmo 100.000 km.
10. Lataria
Pode não parecer, mas verificar a lataria do seu carro também entra na manutenção preventiva.
Verifique se existem arranhões ou rachaduras na pintura de seu veículo, pois pode infiltrar água por estes locais e, por consequência, gerar ferrugem, causando um gasto futuro desnecessário.
11. Ar condicionado
O filtro do ar não precisa ser trocado ao ficar sujo, pois você pode lavá-lo.
Entretanto, sua troca será necessária se, ao lavar, ficarem manchas escuras.
Por outro lado, a troca é recomendada por conta de vírus e bactérias que podem se alojar nele e transmitir doenças para os usuários do veículo.
Para você descobrir onde está o filtro do ar-condicionado de seu carro, consulte o manual do proprietário.
12. Filtros de combustível
O filtro de combustível é responsável por retirar impurezas que possam estar no tanque ou, até mesmo, no próprio combustível, sendo a principal delas a água.
Para verificar a situação do filtro de combustível, será necessário prestar atenção ao desempenho do carro, tais como dificuldade para arrancar, marcha irregular ou, ainda, a ferrugem.
13. Marcha
Uma marcha dura para trocar ou engatar pode ser problema em dois componentes de seu veículo: fluido de transmissão ou embreagem.
No primeiro caso, uma simples troca de fluido em um serviço especializado é o suficiente.
Já no segundo caso, a situação é mais complicada, pois pode ser apenas um cabo desgastado, como uma patinagem do platô – o que exige a troca completa do kit de embreagem.
Em ambos os casos, será necessário ir até um especialista para saber qual é o problema e o valor do serviço.
14. Escapamento
O escape é um sistema para a diminuição da emissão de gases poluentes para a natureza, tendo, também, a função de silenciar o motor.
Esse sistema também precisa ser verificado, e os sinais de problemas costumam aparecer através de ruídos diferentes, odor e fumaça.
No primeiro caso, se você ouvir um barulho parecido com o de um rugido, tiro ou clique, significa que há problema com o silenciador.
Em relação ao odor, um cheiro ácido ou muito doce significa escape furado. O odor é mais notado no banco dos passageiros.
Finalmente, verifique, dando uma pisada no acelerador, se seu carro não está emitindo uma fumaça diferente.
Isso pode significar a presença de ferrugem no sistema.
15. Cinto de segurança
Outro item que necessita ser verificado é o cinto de segurança.
Se seu carro é seminovo ou antigo, fique atento aos mecanismos de encaixe e à apresentação de desgaste, como desbotamento e desfiamento.
Também dê puxões bruscos para ver se ele responde.
Caso apresente alguma falha, vá imediatamente a uma mecânica especializada para efetuar a troca.
Afinal, este é um item básico de segurança de seu carro.
16. Injeção eletrônica
Mais um item que entra na manutenção preventiva é a injeção eletrônica.
A luz da injeção eletrônica acende no painel antes mesmo de ligarmos nosso carro, pois ela está “lendo” todo o sistema.
Algumas vezes, ela pode permanecer por alguns segundos ligada – isso é normal, não se preocupe.
Agora, se ela se mantiver ligada por mais tempo, significa que o leitor da injeção encontrou algum problema no sistema.
Nesse caso, vá até um mecânico da sua confiança para efetuar o diagnóstico do problema e realizar a manutenção.
17. Vidros
Um item mais fácil de verificar são os vidros.
Observe sempre se existe algum trincado nos vidros.
Vários seguros possuem a substituição dos vidros por um preço bem mais em conta. Confira se seu seguro cobre esse serviço.
18. Itens obrigatórios
Os itens obrigatórios são o triângulo, a chave de roda, o extintor de incêndio e o estepe dentro dos parâmetros de pneu saudável.
A ausência desses itens gera infração grave, 5 pontos na CNH e multa de R$ 195,23.
19. Balanceamento e geometria
Como falei anteriormente, quando o volante estiver trepidando a velocidades acima dos 50km/h, significa que o seu carro está com problemas de balanceamento.
Esse é um problema muito comum nas cidades e, principalmente, nas zonas rurais, onde o carro passa por muitos buracos.
Os problemas de alinhamento, como visto no primeiro item, balanceamento e geometria, geralmente são causados por impactos fortes no chão.
Se você for tentar fazer a manutenção preventiva do seu automóvel em casa, é preciso tomar cuidado para não cometer alguns erros comuns, que podem danificá-lo.
Para saber o que não fazer ao realizar a manutenção em seu carro, prossiga com a leitura.
Erros Que Não Podem Ser Cometidos
Dentro da manutenção preventiva de seu carro, existem alguns erros que não podem ser cometidos, pois diminuem a vida útil das peças.
Além disso, fazem com que todo o serviço de verificar e fazer a manutenção do seu veículo tenham sido em vão.
Um exemplo clássico de erro é utilizar óleo vencido.
Outro é deixar de lado o manual do proprietário e fazer a manutenção sem levá-lo em consideração, como colocar um óleo inapropriado para o seu motor, demorar demais para fazer a troca, e assim por diante.
Não se esqueça de fazer as trocas de óleo, filtro de ar, filtro de combustível e não ignore a manutenção dos freios do carro.
Nunca ignore, também, as condições dos pneus do seu veículo.
Não estar atento aos sintomas de combustível, ignorar as luzes do painel e esquecer de verificar o limpador de para-brisa podem gerar diversos problemas para seu carro e para você.
Na dúvida, procure um bom mecânico e confie a ele a manutenção preventiva do seu veículo.
Quer uma dica para escolher o local certo para fazer a manutenção do carro?
Então, leia a seção a seguir.
Onde Fazer a Manutenção Preventiva do seu Veículo
A verificação dos itens mais básicos pode ser feita na sua própria garagem.
Em casos mais complexos, geralmente relacionados ao motor e à transmissão, a verificação deve ser feita em oficinas especializadas, assim como a troca e o conserto das peças.
Não adianta fazer gambiarra em casa: os serviços especializados de manutenção e conserto é que vão deixar seu carro em perfeitas condições para rodar diariamente ou viajar.
E lembre-se: faça a revisão do seu veículo conforme manda o manual do proprietário.
No mínimo, invista na manutenção preventiva a cada dez mil quilômetros ou seis meses.
Conclusão
Neste artigo, você aprendeu sobre a importância de fazer a manutenção preventiva.
Para isso, conferiu 19 dicas excelentes de manutenção preventiva para que seu veículo não o deixe na mão quando você mais precisar.
Vale destacar que, para revisões mais simples, a realização pode ser feita em casa.
Já para questões mais complexas, é preciso levar seu carro a um mecânico da sua confiança. Afinal, estão em jogo o bom funcionamento do veículo, a economia de combustível, a sua segurança e as multas, é claro.
Se você for multado devido a algum problema no seu veículo, pode e deve entrar com recurso.
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Deixe seu comentário e tire qualquer dúvida que tenha permanecido sobre a manutenção preventiva de veículos.
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