sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Black Friday 2020 testará a capacidade do varejo em vender no digital

Maior data comemorativa de descontos no país gera otimismo entre empresas e consumidores

A Black Friday já se consolidou no calendário do comércio brasileiro como uma das datas mais importantes do ano. A sexta-feira de descontos, originária dos Estados Unidos, mas muito bem recebida em nosso país, cria expectativas tanto nos clientes, quanto nos empresários, especialmente, quando se considera o constante crescimento do e-commerce.

Pela internet, obter, com alguns cliques, aquilo que se deseja comprar já é uma prática comum do brasileiro. Prova disso é que as vendas on-line cresceram quase 50% no primeiro semestre de 2020, quando se comparado com o mesmo período do ano passado.

Nesse intervalo de tempo, o faturamento total foi de 38,8 bilhões de reais, algo nunca experienciado nos últimos 20 anos, desde que a contagem é feita. Os dados são da  Ebit/Nielsen, em parceria com a Elo.

A Black Friday, por sua vez, também cresce a cada ano. Em alguns setores, para se ter uma ideia, as vendas superam, inclusive, àquelas efetuadas no Natal. Dessa maneira, a crescente busca por compras on-line, junto do dia D das promoções no Brasil, forçará as lojas a pensarem em estratégias para suprir a combinação dessas demandas.

 

‘Self storage’ como alternativa

O conceito de self storage, assim como o da Black Friday, também é importado dos Estados Unidos. Na prática, ele é um serviço que possibilita ao contratante alugar, geralmente, por um curto período, um espaço de armazenamento extra, em que ele mesmo gerencia o estoque.

Nos Estados Unidos, ele é bastante utilizado por pessoas que precisam guardar bens, como móveis e objetos de arte, que não cabem em sua residência, após uma mudança para uma casa menor ou recebimento de uma herança, por exemplo.

No Brasil, por outro lado, o self storage tem sido, cada vez mais utilizado por lojas de varejo, como alternativa para armazenar os produtos disponíveis para venda on-line.

Em geral, é comum que empresas que tenham tanto lojas físicas, quanto on-line, tenham um estoque único para atender ambas às demandas. Isso, porém, pode gerar problemas devido a uma possível lacuna na comunicação entre as vendas dos dois setores.

Assim, alguns lojistas já estão se resguardando para a Black Friday, entendendo o potencial grande movimento que acontecerá na data, bem como o desejo de otimizar essas dinâmicas e diminuir possíveis erros, além de investir no e-commerce.

Nesse sentido, a estratégia é simples: manter os estoques destinados às vendas presenciais, nas lojas, fisicamente separados do e-commerce, nos self storage. Como a expectativa de vendas on-line para grande parte do varejo é de queima de estoque, o self storage, que é temporário, pode ser a melhor solução.

 

Comunicação adequada

Junto da crescente busca pela compra de produtos por meio da internet, também é cada vez maior o número de clientes informados sobre os seus direitos. Isso acompanha o aumento da própria rede digital, uma vez que são produzidos mais conteúdos on-line sobre a segurança nesta modalidade.

Nesse sentido, outro desafio das empresas será comunicar sua missão claramente para o cliente em potencial. Da mesma forma, os serviços de atendimento ao consumidor devem estar preparados para atender as dúvidas e os questionamentos dos compradores.

Uma pesquisa da Compre & Confie mostra que 33% das desistências de compra pela internet são motivadas por uma comunicação ineficiente. O que indica, em uma rápida análise, que grande parte da perda de vendas poderia ter sido evitada se houvesse uma melhor relação com o público-alvo.

Dessa maneira, além das estratégias de suprimento de estoque, visitando à venda on-line na Black Friday, as empresas devem se preparar para atender às demandas de comunicação com consumidores cada vez mais exigentes e cientes de seus direitos.

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