Roberto Nasser*
Quando anunciado, o Jeep Renegade cumpriu a aparentemente impossível promessa de assumir a liderança no segmento, até então com o incombatido EcoSport. Há dois anos tomou a taça, mas logo depois perdeu-a ao líder do segmento, o Compass, seu irmão de linha.
Para 2019, primeira alteração facial, de conteúdo em infodiversão e, no jargão da indústria, realinhamento dos preços, obtido por combinação de equipamentos.
Nova grade, mantendo as icônicas e registradas sete barras verticais apresentadas no primeiro Jeep, em 1942; para choques permitindo maior ângulo de entrada em obstáculos; faróis redesenhados e com lâmpadas em LEDs nas versões de topo; novo console; mais 47 litros de capacidade no porta malas pela adoção do estepe temporário; todas as versões com rodas em liga leve, e a novidade de serem aro de 19”na versão Limited.
Em Infodiversão, a maior tela multimídia da categoria, 21 cm, no sistema Uconnect, apto a gerenciar outras funções, como o ar condicionado remotamente por comando de voz.
Versões com tração simples e nas 4 rodas; motores 1.8 Flex e 2,0 Diesel, transmissões mecânica, automáticas de 6 e de 9 marchas.
Novidade é a redução de preço nas versões de entrada, para torná-lo mais competitivo no segmento de maior crescimento no mercado. Tabela abaixo demonstra.
Veículo
1.8 Flex AT6 (exclusivo para PCD)
R$ 69.999
Sport 1.8 Flex MT5
R$ 78.490
Desconto: R$ 7.000
Sport 1.8 Flex AT6
R$ 83.990
Desconto: R$ 8.000
Longitude 1.8 Flex AT6
R$ 96.990
Limited 1.8 Flex AT6
R$ 103.490
Longitude 2.0 Diesel AT9 4×4
R$ 125.490
Trailhawk 2.0 Diesel AT9 4×4
R$ 136.390
Italianos de corrida, os Best of the Show na Autoclasica
Automóveis com sobrenome; carros de corrida; reunião de marcas comemorando aniversário: Porsches e Land Rover 70 anos; Harley-Davidson 115; e Minis, Mercedes 300 SL. Fords Modelo A quase incontáveis – como se fora compensação dos Fordequeiros de lá, ausentes ao primeiro encontro Latino Americano de Fords A, realizado neste final de semana na falda da Cordilheira dos Antes, próxima à eno turística Mendoza.
Registra feitos não bisados no Brasil: reúne clubes; enorme variedade de patrocinadores; cobra ingressos, o equivalente a R$ 35 para olhar – abaixo de 12 e acima de 65 anos, grátis. Disse o Club de Automoviles Clasicos de Argentina, organizador, 48 mil pessoas passaram pela bilheteria.
Foi a 18ª Autoclásica, maior exposição antigomobilista da América Latina, no Hipódromo de Santo Isidro, beiradas de Buenos Aires, em período aberto no Dia de Colombo – o Cristóvão -, 12 de outubro, sexta, e o 15 do mesmo mês, Dia da Hispanidad. Ausente a chuva, penetra nem sempre benvinda, dias radiosos de temperatura amena, ficou claro, a barreira para deter o crescimento ascensional ao evento, estava fora do controle de São Pedro, e atende pelo humano desencontro entre a realidade econômica de um país de governos assistencialistas e populistas, e a necessidade de controlar as contas. O clima de insatisfação, a inflação, o desemprego, foram os principais inimigos da Autoclasica, menor em área, em expositores de veículos e de automobilia em sua formidável feira de peças e que-tais, pomposamente chamada de Auto-Jumble.
Clientes interessados na miríade – enorme variedade – de peças, partes, literatura, ouviam explicação aritmeticamente convincente quanto a preços elevados: valor da locação dos espaços cresceu 70% em relação ao ano anterior.
Questão
Organizadores indicaram presença de mais de 1.000 veículos históricos e clássicos, conta generosa ante muitos espaços vazios. Premiação principal, Best of Show, atribuída a dois veículos com passado de competição. De maior atração visual, mítico Ferrari 340/375, de 1953, com o carimbo de MM, construída especialmente para a Mille Miglia, a famosa corrida italiana, com participação de dois bruxos da época: Aurelio Lampredi, projetista do motor V12 4,5 litros; e Pininfarina autor da carroceria. Outro relevo foi moto MV Agusta, também italiana, 500 Four, 1957, campeã mundial ao ano sob o comando do inglês – depois piloto de Fórmula 1 e construtor – John Surtees, restaurada por ele nos anos ’90.
Atrações paralelas, exposição de carros vencedores no Best of Show Autoclasica 20 anos, e uma ilha denominada Lendas Mundiais, com os melhores automóveis e motos antigos do país. Meia dúzia de brasileiros expondo. Não era delegação convidada ou exemplo de integração, mas apenas esforçados inscritos mostrando seus carros em local inexpressivo. Erram organizações argentina e brasileira, não fomentando sinergias.
Há alguma semelhança com alguns eventos antigomobilísticos no Brasil, nos quais se projetam os veículos vencedores. Na Autoclasica está havendo alternância entre os dois maiores colecionadores. Os Peres-Companq e sua aura de mais saudável do país, donos do Ferrari, e a família Sielecki, importante no ramo, premiada em Pebble Beach, onde nenhum colecionador brasileiro expôs … vencedora ano passado.
Um golpe na Adefa, a Anfavea argentina ?
Argentinos observadores da indústria automobilística de seu país atribuem a mudança de presidência da Adefa, a entidade agregadora dos fabricantes de veículos, ao que denominam Golpe de Palácio. Uma rasteira.
Lá, como cá, há protocolo institucionalizado para gerir a alternância no cargo. Usam critério simples: ordem alfabética pela inicial das marcas. Na prática, ao encerrar-se a gestão do presidente representando a Renault, pela sequência seria a vez da Scania, mas como esta não mais produz veículos, apenas partes, a ungida seria a Toyota. Mas a empresa foi sobre passada e a presidência caiu no colo de Hernán Vázquez, novo presidente da Volkswagen.
Explicação simplória: Toyota não estava no encontro para a eleição, e aparentemente os demais se esqueceram da ordem sucessória.
Dentre os acompanhadores do movimento há quem entenda ter havido uma cisão entre os interesses dos associados e a Toyota, causados por fatores vários, mas o fisicamente sensível foi o lobby junto ao governo para adiar o início da obrigatoriedade de os veículos novos portarem o ESP, o controle de estabilidade. A atividade considerou-se vitoriosa com o postergar, e surpreendeu-se quando a Toyota avisou iria equipar todos os seus veículos com tal adjutório – auxílio. Há outras diferenças: a Toyota é a única marca em crescimento no mercado, expandindo produção, vendas internas e exportações, contratando pessoal, destoando inteiramente do restante da indústria e suas lamúrias ao governo.
Um conto de dois títulos
“Foi a melhor das corridas, foi a pior das corridas, foi a corrida da sabedoria, foi a corrida da insensatez, foi a corrida da crença, foi a corrida da incredulidade, foram dois Campeonatos brilhantes! ” Cito Charles Dickens na sua abertura do “Um conto de duas cidades” para descrever este fantástico Campeonato de 2018 da IMSA e da TPNAECPD (Tequila Patron North America Endurance Cup Prototype Drivers) conquistado por Felipe Nasr e Eric Curran no AXR # 31 Whelen Cadillac no final da 10 horas de Road Atlanta, a Petit Le Mans!
Eles começaram na 9ª posição, mas estavam dominando e liderando a corrida na marca das 4 horas. E continuaram fazendo um trabalho muito bom, na marca de 8 horas conquistando o Campeonato Tequile Patrón. Um na caçapa! Manter-se à frente de seu principal (e único) carro rival o #54 CORE era parte do plano e eles o seguiam passo a passo. Uau! De repente, os corações bateram em falso quando Felipe Nasr no rádio, a menos de uma hora do fim veio com o terrível “Estamos perdendo potência, difícil de ultrapassar até mesmo os carros da GTLM”
Então veio o pedido decisivo do box para Nasr economizar combustível nos últimos 48 minutos de prova. Decisão de sangue frio de todos na AXR, na esperança de economizar combustível suficiente e fazer um pit stop a menos que o rival que estava fugindo com o campeonato. A decisão aparentemente arriscada foi conduzida com perfeição e no final o # 31 conquistou o seu segundo título no mesmo dia! A perda de potência que quase arruinou os planos até então perfeitos? Pedaços, pedaços grandes de borracha que teimosamente estavam bloqueando a entrada de ar do motor que fica em cima do carro !!
Que corrida, que conto, que resultado, para ser falado e comemorado até o início de 2019 e muito mais. Parabéns Felipe Nasr, dois títulos para o Brasil de uma cajadada só! ( Luiz Mauro – Lua)
Roda-a-Roda
De verdade – Para mostrar capacidade e aplicabilidade de seus SUVs fora do exclusivo asfalto, cenário usual, Audi gravou 10 filmetes na Chapada dos Veadeiros, Go. Nele apresenta os Q3, Q5 e Q7. Quer ver? story_fbid=349334185641498&id=205003079530951&ref=content_filter”>https://ift.tt/2yVbmgk
Já vi – Nova gestão da Adefa, a associação reunindo fabricantes argentinos de automóveis, começou maquiavelicamente, fazendo o mau de uma vez só: arranjou briga com a Toyota, hoje a referência argentina em indústria automobilística; cancelou o Salão do Automóvel, programado para junho.2019.
Razões – Sobre a mostra, mesmas alegações levantadas década antes: vendas em queda, dificuldades no negócio. Interessante observar, o Salón del Automóvil é organizado pela entidade, e em tempos de vendas em queda, investimentos em promoção são indispensáveis.
Prévia – Troller, a pequena fábrica Ford de jipes, exibiu novidades no produto para chama-lo de modelia 2019. Nela avultam cores novas, como bordô e cinza escuro metálicos, e central multi mídia JBL/Hartman, com tela de 16,5 cm.
Curiosidade – Razões fiscais levaram a grande empresa a interessar-se pela pequena operação. O produto tem carroceria em plástico reforçado com fibra de vidro, mas na linguagem pomposa da Ford é chamado de Compósito Especial… Apresentação e vendas ao Salão do Automóvel.
Fórmula – Baixo peso, elevado torque resumem as motos Yamaha MT – Master of Torque. Modelo 07 é bi cilíndrico, 689 cm3 de cilindrada, 4 válvulas, 74,8 cv e 6,9 mkgf de torque a 6.500 rpm. Conjunto oferece boas respostas, poucas trocas de marchas. R$ 33.790 + frete, financiamento incentivado. Importada do Japão.
Vai – Quarto capítulo na novela das placas de licenciamento Mercosul.
Associação dos fabricantes de placas em Santa Catarina, questionou e obteve liminar na Justiça Federal, ante o argumento de o Denatran, Departamento Nacional de Trânsito deveria indicar os fornecedores. Questionou, também, falta de entrosamento entre os Detrans estaduais.
Volta – União recorreu, mas Daniela Maranhão, Desembargadora Federal do TRF1, DF, manteve a suspensão, entendendo adicionalmente a responsabilidade do credenciamento dos fabricantes de placas, deve ser dos Detrans. E aduziu o entendimento de ser impensável adotar sistema deste porte sem implementar estrutura para consultas e troca de informações antes de iniciar substituir as placas. Matéria em suspenso. E vai demorar.
Negócio – Imprensa econômica internacional dá como certa venda da Magneti Marelli, centenária produtora de peças para automóveis, hoje pertencente à FCA. Decisão e início da negociação deu-se ao tempo de Sergio Marchionne, o CEO recentemente desaparecido.
E ? – Interessada é a japonesa Calsonic Kansei, do ramo, tendo ofertado US$ 6,3B. Outros observadores acreditam na possibilidade de a FCA retirar alguns negócios do pacote, mantendo instalações e produção de alguns itens. MM tem oito divisões de produtos, de injeção de combustível a para choques.
Aniversário – YPF, estatal argentina dos negócios com lubrificantes e combustíveis, festeja 20 anos de atuação no Brasil. Começou adquirindo a refinaria Peixoto de Castro, no RJ, mas saiu do negócio, comprando pequena fábrica paulista. A partir daí tem crescido muito. No primeiro semestre 24%.
Mais longe – Para ampliar negócios, em especial voos internacionais, Gol encomendou 135 aeronaves à Boeing, com entrega nos próximos 10 anos. Serão 105 737 MAX 8 e 30 737 MAX 10. Até o final do ano dez unidades estarão operando. Maior capacidade de passageiros, espaço interno, autonomia, menor consumo e emissões. Mas voo intercontinental com 737 é dose.
De volta – Bruno Covas, prefeito paulistano, formalizou Termo de Compromisso com a N/Duduch, promotora do evento 6 Horas de São Paulo. Garante a parte oficial por 6 anos. Fará parte das comemorações do aniversário da cidade.
Novo Jetta supera seu segmento
Mudando a plataforma para o sistema MQB, Volkswagen reformulou o Jetta, tornando-o maior em todas as dimensões e, especialmente na principal medida de conforto, a distância entre eixos, maior em 3,67 cm. As linhas de estilo são agradáveis, personalistas, aerodinâmicas com coeficiente de arrasto de apenas 0,29, permitindo ênfase nas grades janelas, harmonia com frisos cromados na grade e na parte traseira, e elegante arremate nos faróis com lâmpadas LEDs. Na sétima geração, a nova estrutura permitiu agregar melhoramentos diferenciativos, em especial os de interface com usuários: melhor habitabilidade; interior mais refinado e tecnológico, como a iluminação ambiente do habitáculo; materiais agradáveis ao toque; percepção de cuidado e qualidade.
Agradará aos clientes a possibilidade de uso da tecnologia aplicada ao painel virtual, sem instrumentos físicos, permitindo mudar configuração, diâmetro, posição, opção inexistente em veículos da categoria.
Conjunto mecânico liderado pelo motor 1,4 TSI, quatro cilindros, duplo comando, injeção direta de combustível e turbo, flex, 150 cv de potência e 250 Nm de torque. Transmissão automática de seis velocidades.
Traz apelo comercial ao oferecer as três primeiras revisões grátis, o plano de manutenção mais barato do segmento, e três anos de garantia.
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