Meu nome é Murilo Barbosa, sou mecanico industrial a 20 anos.
A minha paixão por mecanica vem desde de molequinho, hoje tenho 43 anos e com muita experiencia dessa área maravilhosa, então decedi fazer algo bem bacana... compartilhar tudo que eu sei com vocês.
Projeto utiliza alumínio, por exemplo, no cubo, caixa de direção e mancais de transmissão
Um grupo de cerca de 60 alunos da graduação da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), em Minas Gerais, criaram um carro elétrico a ser apresentado em primeira mão na Fórmula SAE, entre os dias 27/11 e 01/12, em São Paulo. A equipe Cheetah E-Racing, desenvolveu o protótipo de um carro elétrico que utiliza alumínio em diversas aplicações, material mais leve e resistente à corrosão.
“A parceria com a Hydro vai garantir que os componentes estruturais do carro sejam otimizados. As ligas de alumínio serão usadas em peças de extrema importância, como cubo, caixa de direção e mancais de transmissão. Tudo isso possibilitará uma redução do peso do nosso carro e como consequência, o aumento da sua eficiência”, comenta Douglas Shinkawa, membro da equipe Cheetah E-Racing.
A competição estudantil é organizada pela Society of Automotive Engineers com o objetivo de propiciar aos estudantes de engenharia a oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, desenvolvendo um projeto completo e construindo um carro tipo Fórmula 1.
Durante os três dias da Fórmula SAE, que está em sua 16ª edição, os carros passam por provas estáticas e dinâmicas e por avaliações das performances de cada projeto na pista.
Os salões de automóveis nos EUA não são gigantescos como os europeus, a exemplo de Frankfurt (o maior do mundo) e o de Paris. Eles se espalham por algumas cidades americanas, acumulam tradição e até concorrência entre eles. Os de Detroit e Los Angeles, por coincidência, existem desde 1907. As datas eram próximas (novembro e janeiro), mas Detroit passou para junho.
Este ano o Salão de Los Angeles (LAAS, sigla em inglês), aberto até 1º de dezembro, teve estreias importantes. A principal foi o Mustang Mach-E, o SUV cupê elétrico da Ford. O desenhista Joel Piaskowski é o mesmo do cupê esportivo que completou 55 anos com prestígio em alta. A inspiração, no caso do SUV, é sutil nas lanternas traseiras e na extremidade dianteira. A Audi também partiu para um SUV cupê, muito elegante, o e-tron Sportback. Distância livre ao solo diminuída em 1,3 cm e as linhas do teto caindo com suavidade fazem a diferença.
Marcas alemãs sempre têm presença forte no LAAS e este ano focaram no alto desempenho. A própria Audi apresentou o RS Q8, de 600 cv, enquanto a Mercedes-Benz respondeu à altura com o Mercedes-AMG GLS 63, ambos SUVs de grande porte. BMW concentrou-se em modelos menores como o BMW Série 2 Gran Coupé, de 305 cv, e a sua subsidiária MINI completou a festa com o MINI John Cooper Works GP e seu imenso aerofólio traseiro. Todos chegarão ao Brasil em 2020 em pequenos lotes.
Entre os elétricos destaques para o Porsche Taycan, sedã-cupê de alto desempenho que terá na Califórnia seu maior mercado; a station Volkswagen ID. Space Vizzion e o reformulado Toyota Mirai – agora um carro realmente bonito – a aposta japonesa nas pilhas a hidrogênio como contraponto às baterias de íons de lítio.
Versão conversível do novo Corvette, de motor central-traseiro, também atraiu olhares. O SUV crossover Trailblazer (nada a ver com o homônimo vendido aqui) servirá de base para os futuros Chevrolet nacionais, inclusive o mesmo motor de três cilindros turbo de 1,2 litro. Outro modelo para o nosso mercado é a totalmente reformulada oitava geração do Nissan Sentra, fabricado no México: tudo novo inclusive o motor (previsão segundo trimestre de 2020).
Três acontecimentos chamaram a atenção fora do LAAS. Um deles o fiasco da apresentação da estrambótica picape elétrica pesada da Tesla. Em evento à parte do salão, o presidente da empresa Elon Musk teve uma surpresa desagradável. Os vidros pretensamente inquebráveis da Cybertruck não resistiram à demonstração por duas vezes.
Também teve impacto a decisão da GM de processar a FCA por supostas perdas financeiras bilionárias em relação às negociações trabalhistas, envolvendo o sindicato de metalúrgicos UAW. Esse episódio remonta a 2009, mas teria se agravado há três anos na gestão do falecido (em 2018) executivo-chefe Sergio Marchionne com quem a empresa americana viveu às turras desde os anos 1990.
E o governo da Califórnia anunciou que não mais compraria modelos da GM, FCA, Toyota e Nissan pois estas decidiram acatar regras federais de emissões algo mais permissivas, porém válidas para os 50 estados americanos. Uma briga ridícula, de viés puramente político.
ALTA RODA
TOYOTA decidiu que próxima geração do Yaris, a exemplo do Corolla, também terá versão híbrida. Não antes de 2023 ou 2024, ao fim do ciclo de vida do modelo que estreou em 2018. Até lá será mais comum a hibridização como forma de grande economia de combustível em uso urbano, em geral 60% da quilometragem anual.
AUDI inicia pré-venda do todo novo Q3 a partir de R$ 179.990, importado da Hungria. Entregas em fevereiro de 2020. A marca estuda viabilidade de produção no Brasil. SUV tem agora 2,68 m de entre-eixos, quase 8 cm a mais. Banco traseiro corrediço (5 cm) pode aumentar o espaço. Porta-malas, 530 litros, é o maior do segmento. Desenho ficou bastante atraente.
MUITO impressionante é o mínimo que se pode dizer sobre o Ford Mustang Shelby GT350R, avaliado por duas horas em Los Angeles, Califórnia. No país do câmbio automático, oferece caixa manual de seis marchas e engates extremamente precisos. Direção e freios (Brembo) são de alto nível. Suspensão firme, mas sem desconforto. Potência, 533 cv; 0 a 96 km/h em 3,9 s.
ONIX PLUS tem linhas atraentes e comportamento bastante suave no dia a dia. Acelera firmemente ao combinar um equilibrado motor 1.0 turbo, câmbio automático e baixo peso em ordem de marcha para o seu porte. Interior espaçoso, porta-malas bom com 469 litros, direção precisa e freios bem dimensionados. Tanque de combustível (44 litros) deveria ser maior.
CUIDADOS com os futuros carros autônomos chegam à pintura. BASF trabalha em nova tecnologia de cores escuras, para facilitar o reflexo de sinais infravermelhos enviados por lidar que calcula distâncias com extrema precisão. Pigmentos são específicos para esse fim e desde já estão sendo desenvolvidos.
RESSALVA: frenagem autônoma de emergência estreou no Jeep Compass. Hyundai HB20 foi o primeiro entre os compactos.
Você sabe o que é a nova Lei Seca? Trata-se das últimas mudanças legislativas sobre a infração descrita no art. 165 do CBT: dirigir sob a influência de álcool. Se antes era permitida uma tolerância no bafômetro, hoje, qualquer quantidade é considerada infração passível de multa gravíssima (multiplicada 10 vezes) e suspensão do direito de dirigir por um ano. Além disso, se o bafômetro detectar uma quantidade maior que 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar no condutor, ele será enquadrado em crime de trânsito.
Isso porque o rigor da legislação brasileira aumentou, eliminando a tolerância aos motoristas que bebem e depois dirigem.
Além disso, também foram intensificadas as operações de fiscalização. Por um lado, ficou mais fácil ser enquadrado por conta das novas definições da infração.
Por outro, com mais agentes de trânsito fazendo blitze com o bafômetro, ficou mais difícil para o motorista que bebeu escapar da punição.
Apesar de muita gente aplaudir esses acontecimentos, há os que criticam a nova Lei Seca, acusando-a de ser rigorosa demais.
Também existem motoristas que contestam a legalidade de alguns procedimentos dos agentes e do órgão de trânsito, os quais, segundo eles, ferem princípios constitucionais e o bom senso.
Que o álcool provoca efeitos no organismo que podem prejudicar consideravelmente a capacidade de uma pessoa de dirigir todos sabem. O que é questionado em boa parte das vezes é se a tolerância zero da nova lei seca é correta.
Divergência de opiniões à parte, na hora de contestar uma multa na prática, ou seja, recorrendo, tanto faz se você acha justo ou não que a lei seja tão rigorosa.
O fato é que ela é.
O que deve ser feito é buscar argumentos para comprovar que ela entra em conflito com outras leis, ou que o órgão de trânsito não fez algum procedimento de acordo com as regras.
Mas isso tudo você vai entender melhor ao longo deste artigo.
Preparei, aqui, um compilado com as principais informações que você precisar saber sobre a nova Lei Seca.
Você verá quais foram as mudanças que ocorreram na legislação culminando nas penalidades impostas hoje a quem é pego no teste do bafômetro.
Além disso, você saberá como funcionam as blitze, o teste do bafômetro e quais os principais passos para recorrer da multa.
Boa leitura!
Nova Lei Seca no Brasil
Você sabia que a lei seca foi publicada há quase 10 anos?
No Brasil, é chamada de Lei Seca a proibição de dirigir sob a influência de álcool, disposta no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – a Lei Nº 9.503/1997.
Até hoje, é essa a lei que versa sobre todas as infrações de trânsito. O que acontece é que o código é dinâmico, e, de 1997 para cá, várias leis já alteraram muitos de seus artigos.
O mesmo aconteceu com a questão de dirigir alcoolizado, que já mudou mais de uma vez. Mas quando se fala em “nova Lei Seca”, geralmente a referência é para a Lei Nº 11.705/2008.
Sim, ela foi publicada há mais de dez anos.
A questão é que a lei ainda é chamada de nova não por ser recente, mas sim para fazer oposição à “antiga” Lei Seca, que é o texto original do CTB, de 1997.
Mudanças na Lei Seca
Confira quais são as alterações mais recentes na lei contra a embriaguez ao volante
O que a nova lei seca estabeleceu como grande novidade em relação às regras originais foi alterar a redação dos artigos 165, 276 e 306 do CTB, de modo a eliminar a quantidade mínima de álcool no sangue para a configuração da infração.
O art. 165 é o que estabelece as penalidades por dirigir sob a influência de álcool. Antes da Lei Nº 11.705/2008, esse artigo permitia uma tolerância de álcool (de seis decigramas por litro de sangue) que não seria considerada infração no teste do bafômetro.
A partir da nova lei, o motorista que fosse pego com qualquer quantidade de álcool em uma blitz deveria responder pelo cometimento da infração.
A Lei Nº 11.705/2008, então, modificou o art. 276, que passou a considerar, também, que qualquer concentração de álcool por litro de sangue no condutor seria considerada infração, sujeitando o condutor às penalidades estipuladas pelo art. 165.
É a partir dessa alteração, portanto, que passou a ser infração dirigir com qualquer quantidade de álcool registrada no organismo.
Cabe destacar que o art. 276 foi modificado uma vez mais, pela Lei Nº 12.760/2012, que apenas acrescentou que qualquer concentração de álcool por litro de ar alveolar também aplica, ao motorista, as penalidades do art. 165.
Quanto ao art. 306, que trata o ato de dirigir alcoolizado como crime de trânsito, pode-se apontar, também, importantes atualizações com a nova Lei Seca.
Antes da última alteração, o artigo não estipulava qual a quantidade de álcool seria capaz de penalizar o motorista com a detenção.
Com a nova Lei Seca, o limite que antes era usado para qualificar a infração passou a caracterizar o crime.
Nesse caso, passou-se a ser considerado crime conduzir veículo com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 decigramas.
Agora que você já conhece a história de mudanças legislativas sobre a Lei Seca, confira o que diz o art. 165 do CTB atualmente, depois de passar por mudança ao longo dos anos.
Lei Seca no Código de Trânsito
Além da descrição da infração, o art. 165 do CTB estabelece qual a gravidade, as penalidades e a medida administrativa para o condutor que é barrado em uma blitz do bafômetro.
Dirigir sob o efeito do álcool, portanto, é uma infração gravíssima com multa multiplicada 10 vezes e suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
Além disso, há a medida administrativa de recolhimento da habilitação e retenção do veículo.
Também, é preciso ficar atento, pois o dobro da multa pode ser aplicado caso haja a reincidência no período de um ano.
Note que o motorista que for multado por dirigir alcoolizado tem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por um ano, seja qual for o número de pontos que ele apresentar em seu registro.
Você certamente já ouviu falar que o condutor que se nega a soprar o bafômetro em uma blitz também tem a habilitação suspensa, não?
Essa foi mais uma novidade: a atualização do CTB que prevê a aplicação da multa para quem se recusa a submeter-se ao teste.
A determinação foi agregada ao art. 277 do CTB e, a partir da Lei Nº 13.281/2016, para que ficasse mais clara.
A recusa passou a ser caracterizada, então, como uma infração própria, que ganhou um novo artigo, o 165-A.
Recusar o teste do bafômetro, portanto, implica nas mesmas consequências mencionadas acima (art. 165). Na prática, soprar o bafômetro e ter um resultado positivo ou negar a realização do teste têm a mesma penalidade.
A diferença é que, não soprando, o condutor evita correr o risco de ser autuado nos preceitos do art. 306 – como crime de trânsito.
Agora veja, abaixo, qual o valor da multa da Lei Seca.
Além disso, o dispositivo infracional prevê a aplicação do fator multiplicador de dez vezes à multa.
Isso quer dizer que, em vez de ser R$ 293,47, como nas infrações gravíssimas sem multiplicador (segundo os valores do artigo 258 do CTB), a multa por dirigir embriagado é de R$ 2.934,70.
É um valor que ninguém gostaria de pagar, não é mesmo?
Esse é o custo atual da multa, considerando a atualização nos valores que aconteceu em novembro de 2016 – antes disso, a penalidade para a multa gravíssima era de R$ 191,54 (sendo R$ 1.915,40 a multa da lei seca na época, considerando o multiplicador).
Se voltarmos no tempo ainda mais, veremos que, originalmente no CTB, o fator multiplicador era de apenas cinco vezes – ou seja, a multa custava R$ 957,70.
A mudança para dez vezes foi implantada na Lei Nº 12.760/2012, que também estabeleceu a regra que determina o dobro da multa em caso de reincidência.
Ou seja, se até 12 meses depois de ser multado o condutor cometer a mesma infração, a multa será de R$ 5.869,40.
Mas, é claro, a Lei Seca ainda gera muita polêmica entre os condutores. Saiba algumas delas na próxima seção.
Polêmicas
A nova lei seca trouxe algumas polêmicas, você já ouviu falar sobre elas?
A primeira polêmica relacionada à nova Lei Seca é a que já comentei aqui: será que é justo aplicar penalidades tão severas a quem for flagrado com uma quantidade tão pequena de álcool no corpo?
Há quem defenda que não há prejuízos à direção quando o consumo é moderado.
Por exemplo, já aconteceram diversos casos em que pessoas que beberam em uma noite, dormiram por boas horas e, no dia seguinte, ao serem barradas por uma blitz, o bafômetro acusou positivo para a presença do álcool.
Em uma situação desse tipo, obviamente os resquícios são pequenos e jamais passa pela cabeça do motorista que ele não está em condições de dirigir, já que teve uma boa noite de sono e está se sentindo bem, sem nenhum efeito de bebida.
Mas a questão mais controversa sobre a lei que proíbe beber e dirigir não é essa, e sim o fato de considerar a recusa em soprar o bafômetro isoladamente como uma infração.
Você provavelmente sabe que a autoridade de trânsito não pode lhe obrigar a se submeter ao teste, porque todas as pessoas têm o direito de não produzir provas contra si próprias. Então, como pode um motorista ser punido apenas por exercer um direito?
O agente de trânsito, portanto, não tem apenas o bafômetro como instrumento para flagrar a condição embriaguez. Por que, então, o condutor é autuado sem que nenhum sinal de alcoolismo seja constatado?
É um dos questionamentos polêmicos que muitos condutores fazem.
Na prática, porém, raramente os agentes utilizam outras maneiras, diferentes do teste de níveis de álcool no organismo, para detectar a influência do álcool nos condutores em operações da nova Lei Seca.
As autuações costumam ocorrer em grandes operações. Embora seja possível flagrar outras infrações, caso seja constatada alguma irregularidade no veículo, documento vencido ou conduta semelhante, o foco das blitze da Lei Seca é a fiscalização da embriaguez ao volante.
Se o motorista se recusa a soprar o bafômetro ou sopra e o resultado é positivo, ele terá de chamar um motorista habilitado, que também será submetido ao teste, para poder sair com seu veículo. Caso contrário, o carro vai para um depósito.
A carteira de habilitação é recolhida, mas pode ser retirada posteriormente no órgão de trânsito.
No próximo tópico, entenda como funcionam as blitze da Lei Seca no Brasil.
Blitz
Confira como funcionam as blitze atualmente no Brasil
Os locais e horários das blitze da nova Lei Seca são planejados pelo governo estadual.
Os programas de fiscalização geralmente são geridos em conjunto pela secretaria do poder executivo à qual está vinculado o Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), pelo próprio DETRAN e pela Polícia Militar.
Essas informações não são divulgadas ao público, para conservar o caráter surpresa das operações.
Afinal, se o motorista sabe onde haverá fiscalização, pode beber à vontade e voltar para casa dirigindo, bastando evitar passar por esses locais.
Pelo mesmo motivo, os pontos onde são armadas as blitze mudam, para que os condutores não se acostumem e deixem de utilizar aquelas rotas.
Uma blitz da nova Lei Seca envolve uma grande estrutura. Apesar disso, não é visível a uma longa distância.
Isso porque as autoridades costumam se preocupar em montá-las depois de curvas ou viadutos, de modo que o condutor não tenha para onde escapar ao visualizá-la.
Cones dividem a pista, reservando uma parte da via para o estacionamento oblíquo dos veículos abordados.
Na abordagem, o agente de trânsito explica ao motorista o que diz a nova Lei Seca e convida-o a soprar o bafômetro. Caso ele sopre e o resultado for negativo, ele é liberado para seguir o seu trajeto.
Quanto ao teste do bafômetro, explicarei melhor o seu funcionamento no próximo tópico.
Teste do Bafômetro
Entenda como funciona o teste do bafômetro hoje
Bafômetro é o nome popular do etilômetro, aparelho que, segundo a definição do CTB, é “destinado à medição do teor alcoólico no ar alveolar”.
Ar alveolar, também na definição que consta no CTB, é o ar expirado pela boca de um indivíduo, originário dos alvéolos pulmonares.
É por isso que o bafômetro tem esse apelido, porque ele mede o álcool presente em uma baforada do motorista.
Mas um detalhe que poucos sabem a respeito do resultado do bafômetro é que existe uma margem de erro.
Ou seja, o resultado não precisa ser exatamente zero para que o condutor submetido ao teste não seja multado.
Os valores a serem descontados constam na Resolução Nº 432/2013 do CONTRAN, em tabela presente no anexo I.
Esses valores são referentes ao erro máximo admitido pela legislação metrológica. Isso quer dizer que os aparelhos, mesmo verificados pelo INMETRO, podem registrar um resultado um pouco diferente do real.
Segundo a tabela do CONTRAN, para o motorista ser multado, o resultado precisa ser no mínimo 0,05 mg/L.
Já no caso do crime de trânsito, para que ele seja configurado, o resultado exato no bafômetro precisa ser no mínimo 0,34 mg/L.
Mas, como já mencionei, todo o condutor tem direito de recorrer de qualquer multa de trânsito, inclusive para as de Lei Seca.
O processo pode ser mais simples do que você imagina. Saiba mais sobre ele no próximo tópico.
Como Preparar a Defesa Contra Multa da Lei Seca
Confira dicas de especialistas e comece sua defesa agora mesmo!
Antes de as penalidades serem impostas ao motorista que foi flagrado dirigindo sob a influência de álcool, ele será notificado sobre a abertura do processo administrativo e sobre o prazo para apresentar sua defesa.
Nessa defesa, o motorista expõe ao órgão autuador os argumentos que explicam por que a penalidade não deve ser imposta.
Caso esses argumentos não sejam aceitos, a penalidade é imposta, o que não significa que a CNH deve ser entregue e a multa paga.
Se escolher a segunda opção, esse recurso será julgado pela Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI).
Não sendo aceito também o recurso, é possível recorrer, ainda, na segunda instância.
Nesse caso, o órgão julgador será o Conselho Estadual de Trânsito (CETRAN)
Seja qual for a instância, a dica é, em vez de afirmar que estava em plenas condições de dirigir, usar argumentos técnicos, jurídicos, utilizando o que diz a lei.
Por exemplo, citar a Constituição Federal e o direito de não produzir provas contra si mesmo, conforme o que explicamos anteriormente.
Esse argumento pode ser utilizado quando o auto de infração cita a recusa, mas não qualquer tipo de sinal de alteração na capacidade psicomotora.
Mas é claro que os detalhes da defesa vão sempre depender das particularidades de cada caso.
Conclusão
Respeite as regras de trânsito e evite problemas!
Agora que você já sabe tudo sobre a nova Lei Seca, o melhor que tem a fazer é evitar dirigir logo depois de beber.
Caso você vá sair e pretenda beber, programe-se para ir de carona com alguém que não bebe ou para pagar por algum transporte alternativo.
o participar do 3º Congresso Brasileiro do Mecânico, tive a oportunidade de notar uma gratificante mudança de atitude, de alguns setores da indústria automotiva (montadoras, fabricantes de sistemas e alguns fabricantes de autopeças e fluidos), em relação ao “Guerreiro das Oficinas”. Sobretudo o independente: uma notável e muito bem-vinda aproximação.
Mudança essa que, por sinal, já estava na hora. Afinal de contas, qualquer profissional mais antigo pode confirmar que, durante muitos anos, num passado não tão remoto, as oficinas independentes, sobretudo as pequenas, eram consideradas, uma casta composta por profissionais: pouco qualificados. Ou seja: meros consumidores
de componentes, que não tinham condições de realizar um bom serviço e/ ou instalar corretamente os componentes
que forneciam. Basta lembrar dos complicados e demorados processos de garantia que, algumas fábricas, impunham sobre os seus produtos que, por sinal, nem sempre vinham acompanhados de instruções “vitais” para a sua correta instalação (é muito fácil e cômodo criticar o errado se você não ensina o certo).
Mas o tempo passou, as pessoas dentro das empresas foram substituídas ou forçadas a mudar de atitude. Para colaborar com esse processo, a massificação dos computadores pessoais e da Internet permitiu a proliferação da informação técnica e da comunicação a longas distâncias. Aliada a um aumento da oferta de cursos em todos os níveis (presenciais e a distância).
Isso sem falar na economia de massa e facilitação das importações, que permitiu a entrada no país de novos equipamentos e tecnologias e redução dos preços. Atualmente a maioria dos mecânicos são técnicos especializados e muito bem preparados. Alguns são formados em engenharia e pós-graduados (inclusive no exterior). Ou seja: profissionais tão competentes como aqueles que trabalham nas fábricas, capazes de realizar não só diagnósticos profundos, como simulações complexas nos veículos e seus componentes.
Isso sem falar daqueles que, junto com a oficina dirigem e ministram aulas em centros de treinamento próprios.
Da mesma forma, muitas oficinas são equipadas com dispositivos que permitem testes sofisticados. Algumas delas são dotadas de verdadeiros laboratórios. Obviamente, não tão sofisticados como as salas limpas de pressão positiva, utilizadas para a montagem de componentes de precisão como os bicos injetores. Mas o suficiente para a realização de um serviço de qualidade.
Nesse ponto é preciso destacar que a maioria desses dispositivos de teste foram desenvolvidos especialmente para simular, com precisão e segurança, o funcionamento de vários componentes. Todas eles quase sempre com as especificações de funcionamento.
Ou seja: muito se engana quem pensa que o mecânico trabalha na base da adivinhação e/ou não tem condição de realizar um serviço bem feito. E não importa se a empresa é grande ou pequena, central ou de bairro, de capital ou interior. O mecânico é um profissional responsável. Ele só indica um procedimento quando o diagnostico indica. E sempre baseado no resultado dos testes que realizou previamente.
É claro que alguns procedimentos podem envolver algum risco ao componente. Afinal de contas, um simples multímetro, se não utilizado corretamente, pode danificar uma placa de circuitos eletrônicos. O risco aumenta ainda mais nos veículos multiplexados. Ou seja: todo cuidado é pouco. Mas o mecânico é responsável. Sabe que se
danificar algo terá que arcar com os prejuízos. Logo, costuma se informar e “calçar” tecnicamente antes de praticar algo novo.
No entanto, alguns desses procedimentos são controversos e acabam por causar alguma controvérsia. Como por
exemplo o teste e a limpeza dos eletros injetores (injeção indireta). Os fabricantes dos componentes “tem um pé atrás” e não o endossam. Apoiam a sua reticencia nos riscos envolvidos. Por sua vez, os fabricantes de equipamentos garantem a sua eficácia e segurança, desde que utilizados corretamente. A verdade é que o procedimento
tem sido utilizado a muitos anos com grande incidência de sucesso. Raros são os casos relatados de não sucesso ou
danos nos componentes, como afirma o experiente profissional “Mingau” da Mingau Automobilística.
Um outro exemplo, bem mais polêmico, é a substituição da tela filtrante dos já citados eletros injetores. Os fabricantes desaprovam totalmente. E em verdade, com certa razão. Afinal de contas, ao remover o dispositivo de segurança, abre-se passagem para a entrada de impurezas. E uma mínima contaminação (na casa dos milésimos de milímetro) pode impedir o fechamento do injetor. Resultado: um possível calço hidráulico no motor.
No entanto, existem muitos casos relatados onde a tela filtrante se encontrava totalmente danificada e a sua substituição solucionou o problema do veículo. Procedimento de risco? Com absoluta certeza. Se for feita a opção pelo mesmo todo o cuidado é pouco, principalmente com a limpeza? Sem sombra de dúvidas. As montadoras e os sistemistas vendem essas telas no mercado de reposição? Claro que não. Mas elas estão sim presentes no mercado. Aos olhos de um especialista em desenvolvimento, que não vive a realidade das oficinas, tais procedimentos podem parecer bizarros ou absurdos. Mas essa é a realidade do mercado. Ou seja: pouca gente pode ou está disposta a pagar por injetores novos, por conta do aparecimento de sujeira. O retrato da população de um país em desenvolvimento.
Quem sabe um dia, com essa contínua aproximação, possa haver um “acordo técnico” entre mecânicos e fabricantes sobre a manutenção desse tipo de componente. Mas por enquanto o importante é afirmar com veemência: Na oficina se faz serviço bem feito sim senhor!
Substituir do fluido e elemento filtrante do SUV é simples, mas requer atenção
Você sabia que o mesmo carro pode adotar duas opções distintas de câmbio automático? É o caso da quarta geração do Toyota RAV4, vendida no Brasil entre 2013 e o início de 2019. De acordo com a versão, o SUV trazia opção de câmbio epicíclico convencional ou câmbio continuamente variável (CVT). Cada um deles possui especificações diferentes para o lubrificante, o que requer atenção para efetuar a manutenção correta na hora da troca de óleo e filtro da caixa automática.
por Gustavo de Sá fotos Iasmyn Nascimento
O do carro da reportagem (com 90 mil quilômetros no hodômetro) traz o conjunto adotado na versão topo de linha, formado pelo motor 2.5 a gasolina (código 2AR-FE) de 179 cv de potência e 23,8 kgfm de torque. O câmbio é automático epicíclico de seis marchas e a tração, integral. Já as versões mais simples vinham com o 2.0 a gasolina (3ZR-FE) de 145 cv e 19,1 kgfm acoplado a um câmbio automático do tipo CVT com simulação de sete marchas e opções de tração dianteira ou integral.
No automático de seis marchas do RAV4, a capacidade do cárter do câmbio é de 6,5 litros, enquanto a caixa CVT do mesmo carro possui capacidade para 8,9 litros. Além da quantidade, a especificação do fluido também é diferente entre elas: ATF para a caixa epicíclica e TC/FE para a CVT. O manual do proprietário do veículo recomenda a inspeção do fluido do câmbio a cada 20 mil quilômetros ou 2 anos. Já a substituição do fluido é recomendada a cada 80 mil quilômetros ou 4 anos para situações de uso severo, ainda de acordo com recomendação da fabricante.
Outro cuidado é na hora da medição do nível do lubrificante do câmbio. “O fluido de transmissão automática não é como óleo de motor. Ele cresce até 30% quando atinge a temperatura normal de funcionamento, acima de 64 °C. Por isso a medição deve ser feita com o câmbio aquecido, alavanca na posição P e carro nivelado ao solo”, alerta Enrique Caballero, supervisor técnico da Wega Motors. Acompanhe a seguir o procedimento completo de troca de óleo e filtro da caixa automática do RAV4 2.5 2014, realizado pela mecânica Mara Carneiro, da Senhora Oficina, em Mogi das Cruzes/SP.
TROCA DE ÓLEO E FILTRO DO CÂMBIO
1) Remova as conexões das mangueiras ligadas ao trocador de calor.
2) Com uma chave 7 mm, conecte os adaptadores que ligam o trocador de calor à máquina de extração.
3) Com o veículo no solo, efetue a conexão das mangueiras da máquina de extração de lubrificante ao adaptador. Mesmo que o mecânico eventualmente erre o lado da instalação, a máquina reconhece automaticamente o fluxo e evita a entrada de fluido pela saída (e vice-versa).
4) O lubrificante indicado pelo fabricante é o Dexron VI ATF sintético, específico para câmbio automático. Abasteça a máquina com o novo fluido que será adicionado ao câmbio. Neste RAV4 2.5, a capacidade é de 6,5 litros. Porém, é necessário adicionar quantidade adicional na máquina para que a troca seja completa e não restem resíduos do lubrificante antigo dentro do câmbio. No carro da reportagem, a máquina foi abastecida com 8 litros.
5) Com a máquina abastecida, é hora de iniciar o processo de troca do fluido. Para isso, é necessário ligar o motor do veículo e apertar simultaneamente a tecla “enter” na máquina para iniciar a troca.
6) Dentro do carro, é importante que um ajudante alterne entre as posições do câmbio (P, R, N e D) para que o fluido entre nos circuitos hidráulicos do corpo de válvulas. O processo todo dura cerca de 6 minutos.
7) Ao final do abastecimento, a máquina emite um comprovante com a quantidade abastecida. Em seguida, desconecte as conexões entre a máquina e o carro e suba novamente o veículo com o elevador.
8) Com o fluido substituído, é hora de trocar o filtro da caixa automática. Para isso, utilize uma chave 6 mm para sacar o bujão de esgotar óleo do cárter do câmbio.
9) Como o fluido é novo, ele será adicionado novamente após a troca do filtro. Por isso é essencial coletar o óleo e armazená-lo em um balde limpo, seco, transparente e com graduação em litros. A troca do óleo é feita antes da substituição do filtro pois o novo lubrificante poderia ser contaminado com o fluido antigo.
10) Este veículo não possui vareta de medição do nível do lubrificante do câmbio. Há dois bujões no cárter: o primeiro (metálico) deve ser retirado para verificar o nível. Enquanto o óleo estiver escorrendo, está acima do nível. A partir do momento em que o líquido começar a gotejar, o nível está correto. Como neste caso o objetivo é esgotar todo o óleo, então é necessário remover o segundo bujão (plástico verde). Importante: a medição do nível deve ser feita com o carro nivelado ao solo plano, câmbio aquecido (acima de 64 °C ) e alavanca em posição P.
11) O fluido de transmissão automática é diferente do óleo de motor. “Ele cresce em até 30% quando atinge a temperatura normal de funcionamento. Por isso a medição deve ser feita de acordo com este parâmetro”, explica o técnico. Em carros que possuem vareta de medição, entretanto, há duas marcações de nível na própria vareta: cold (frio) e hot (quente).
12) Com a chave L-10, remova os parafusos do cárter em ordem alternada para evitar empenamento.
13) Ao baixar o cárter, cuide para que o óleo restante seja despejado no balde graduado.
14) Lave o cárter com água e sabão neutros. Atente-se para o descarte correto de resíduos. Na oficina desta reportagem, foi utilizada uma máquina especial, com líquido aquecido entre 25 e 35°C de alto poder de limpeza.
15) A análise do cárter mostra a importância de se trocar preventivamente o lubrificante e o filtro do câmbio automático. Na base, a região dos ímãs acumulava limalhas que mostram o desgaste normal do componente, já que não havia outros sinais de degradação e nem reclamações do proprietário por problemas de funcionamento.
16) Para remover o filtro, solte os dois parafusos de fixação com uma chave L-10. O procedimento de montagem segue o inverso da desmontagem, observadas as observações dos passos seguintes:
17) Antes de instalar o novo filtro, lubrifique o anel de vedação O’ring.
18) O torque de aperto dos parafusos do filtro é de 7 Nm.
19) Troque a junta do cárter por uma nova de mesma especificação e tamanho.
20) Nos parafusos do cárter, aplique o torque recomendado pelo fabricante.
21) Terminado o aperto, utilize a máquina automática para readicionar o fluido novo removido anteriormente (armazenado no balde). Por fim, cheque o nível de acordo com o parâmetro recomendado no passo nº 10.
Conheça como fazer a substituição correta do componente da suspensão do sedã esportivo
O sistema de suspensão é composto por diversos componentes, entre deles está o amortecedor, que é responsável por suavizar movimentos bruscos e garantir que as rodas estejam em contato constante com o solo. Portanto, manter a manutenção desta peça é imprescindível para qualquer automóvel, ainda mais se o veículo tiver uma quilometragem avançada, como é o caso do Mitsubishi Lancer GT, ano 2012.
por Felipe Salomão fotos Fernando Lalli
Com 120 mil quilômetros rodados, o sedã esportivo apresentava problemas de dirigibilidade por desgaste dos amortecedores. A suspensão traseira já havia passado por manutenção em outra oportunidade, mas os amortecedores dianteiros ainda eram os originais. Por isso, o carro continuou a apresentar sintomas de uma suspensão “cansada” em seu comportamento de rodagem.
Lancer havia passado por manutenção na suspensão traseira, mas ainda apresentava problemas de dirigibilidade. Amortecedores sempre se desgastam por igual
O desgaste por alta quilometragem foi constatado pelo supervisor de treinamento da Nakata, Eduardo Guimarães, no momento em que removeu os amortecedores do veículo e percebeu que a resistência da haste ao movimento era mínima. “A peça já estava comprometida, impedindo o correto funcionamento da suspensão”, afirma.
Para comprovar com 100% de certeza que um amortecedor está comprometido, Fernando Landulfo, professor de engenharia mecânica da FMU e consultor técnico das revistas O Mecânico e Carro, explica que, “o correto é fazer uma medição da sua eficiência em equipamento especializado e seguir as normas ABNT específicas. Mas como isso na prática não é possível, deve-se utilizar outros recursos, por exemplo a quilometragem rodada”.
Segundo a Nakata, os amortecedores de um veículo leve devem ser trocados a cada 40 mil km para manter a eficácia do componente. “Fabricantes desse tipo de peça explicam que, aos 40 mil km, na média, o amortecedor já atingiu o número de oscilações (acionamentos) previstos em projeto para o fim da sua vida útil. No entanto, esse período pode ser estendido ou diminuído de acordo com a utilização do veículo, se ele recebe muita carga, tipo de piso onde roda etc.”, explica Landulfo.
Por isso, o mecânico deve recomendar a seu cliente que leve o carro à oficina a cada 10 mil km para uma inspeção visual de todas as peças do sistema de suspensão. Procure por folgas nas rodas, vazamentos prematuros, rompimentos de coifas e batentes e desgaste irregular dos pneus. Além disso, oriente o seu cliente a ficar atento a ruídos ou impactos acentuados ao passar por buracos, lombadas ou valetas. O condutor também deve ter atenção redobrada a qualquer sinal de balanço excessivo em curvas, arrancadas e frenagens, vazamento de óleo no amortecedor e desgaste irregular dos pneus.
Nesta reportagem, acompanhe o procedimento completo de troca dos amortecedores dianteiros do modelo japonês. Vale destacar que, ao final do processo, deve ser realizado o alinhamento das rodas do veículo.
AMORTECEDORES DIANTEIROS
1) Utilize uma chave de roda ou soquete de 21 mm para afrouxar as porcas da roda. O carro deve estar posicionado no chão. Depois, com o veículo erguido no elevador, retire a roda.
2) Com uma chave combinada de 14 mm, afrouxe as três porcas de fixação do coxim superior. Mas não o remova.
3) Em seguida, com um alicate, solte a trava metálica de fixação do flexível de freio do suporte do amortecedor.
4) Com uma chave combinada de 12 mm, solte o suporte do flexível do freio e do cabo do ABS. Este suporte tem função de fixar o flexível e alinhar o cabo do ABS.
Obs: Tome cuidado com o cabo do ABS, pois é frágil é pode se romper facilmente.
5) Com uma chave combinada de 14 mm e uma Torx t30, solte a bieleta.
6) Trave o parafuso com uma chave combinada 19 mm. Utilize uma chave catraca de 19 mm para soltar as porcas superior e inferior quefixam a manga de eixo no amortecedor.
7) Com uma chave combinada de 14 mm, retire as porcas de fixação superior da torre de suspensão. Ao mesmo tempo, segure a torre do amortecedor para que ele não caia no chão.
8) Remova a torre de suspensão.
NA BANCADA
9) Com o amortecedor na bancada, utilize um compressor de molas para conter a tensão da mola helicoidal.
10) Utilize uma chave combinada de 8 mm e trave a haste. Na sequencia, com uma chave combinada de 17 mm, remova a porca da haste e retire o coxim, o aparador de náilon e o prato do amortecedor, que neste carro tem um isolador acústico.
11) Retire a mola, o batente e a coifa (11a). Neste veículo, o batente e a coifa formam uma peça só, mas já demonstrava o cansaço da suspensão: em ambos os lados, a peça combinada estava rompida (11b).
12) Coloque o novo amortecedor no suporte na bancada e realize o procedimento de escorvamento (ou sangria). Este processo é necessário, pois o amortecedor é bitubular, com tubo externo e interno. Neste caso, o tubo interno tem que estar totalmente carregado de óleo e sem nenhum efeito de espumação. Por isso, é necessário abrir e fechar pelo menos 5 vezes.
Obs: Nunca coloque o amortecedor na posição horizontal. Mantenha sempre na posição vertical até a instalação no veículo.
13) Instale a coifa e o batente. Com o compressor de mola, comprima a mola helicoidal para montá-la no amortecedor. Coloque a mola helicoidal com a parte de borracha no prato inferior do amortecedor. Observe o ponto de encosto da mola.
Obs: Assim como os amortecedores as molas são elementos de segurança. Elas que suportam as forças estáticas e dinâmicas do veículo. O amortecedor apenas controla a velocidade de oscilação. Em um veículo dessa idade não é incomum as molas estarem com fadiga. Por isso, examine as molas de acordo com os parâmetros e especificações do fabricante. Se não estiverem adequadas, aproveite o momento da mão de obra e as substitua.
14) Coloque o prato superior na mola com o furo localizador alinhado com o furo localizador do prato inferior.
15) O prato superior possui um revestimento de borracha como guia que deve ser encaixado no terminal do elo da mola.
16) Encaixe o coxim novo no prato e com uma chave combinada de 17 mm. Aperte a porca e trave a haste com uma chave combinada de 8 mm para realizar o aperto.
Obs: Não utilize parafusadeira pneumática, pois a rotação na haste do pistão do amortecedor pode danificar a peça. Além disso, os novos pistões dos amortecedores têm um revestimento que não pode sofrer rotação dentro do tubo de pressão.
17) Antes de soltar o compressor de molas, verifique se o alinhamento do amortecedor está correto.
19) Solte o compressor da mola e dê início à instalação do amortecedor no carro.
20) A instalação do amortecedor segue o procedimento inverso ao da desmontagem, com os torques de aperto recomendados pelo fabricante no manual de reparação do veículo.
Obs: O torque de aperto final sempre deve ser dado apenas com o carro apoiado no solo. Tome cuidado de instalar as porcas de fixação inferior no mesmo sentido em que estavam originalmente instaladas.
SISTEMA TRASEIRO
Antes de realizar a troca dianteira, o Mitsubishi Lancer GT, ano 2012, já havia passado por processo de troca dos amortecedores traseiros, pois apresentava barulho excessivo ao rodar. Além disso, foi constado que a bucha central da barra estabilizadora estava deteriorada e, também, foi realizada a substituição, resolvendo o problema de folga e eliminando o ruído do veículo.