Hatch da Renault passa por alterações visuais, de conteúdo, recebe equipamentos, câmbio CVT e nova calibragem nas suspensões
Lançado em julho do ano passado, o Renault Sandero 2020 passou por várias modificações. Não foi mudada a plataforma, porém, o desenho da carroceria foi renovado. A responsabilidade do novo visual ficou por conta do Renault Design Center São Paulo. O hatch, recebeu um novo para-choque dianteiro, nova assinatura luminosa em LED no formato de “C” ao redor dos faróis e a nova grade recebeu detalhes cromados. As lanternas traseiras, também em LED, têm novo formato, invadem a tampa do porta-malas.
O interior recebeu novos materiais, teto escuro, portas com acabamento em tecido ou couro, dependendo da versão. O volante passa a ser em couro com detalhes em cromo anodizado.
Os bancos ganharam nos padrões de revestimentos, ficaram mais largos e com espumas mais espessas. Além disso, todas as versões passam a ter quatro airbags de série (motorista, passageiro e dois laterais), cintos de segurança de três pontos para todos os passageiros e 14 kg em reforços estruturais.
No undercar, a principal modificação ocorreu no sistema de suspensão, a versão que utiliza o câmbio automático CVT X-Tronic foi elevada em 40 milímetros, ou seja, a mesma configuração do Stepway, isso porque o câmbio X-Tronic, se deixado na mesma altura da opção com câmbio manual, ficaria mais próxima ao chão.
Na dianteira, a suspensão é do tipo McPherson, com triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos telescópicos e molas helicoidais. A traseira utiliza rodas semi-independentes, o mesmo tipo de molas e amortecedores da parte da frente, e eixo semi-rígido.
Ao realizar as manutenções preventivas ou corretivas, o mecânico não encontra dificuldades, mas precisa ficar atento. “Deve-se ter muita atenção ao comprar itens como molas e amortecedores, pois são específicos dos modelos com o câmbio CVT”, alerta Paulo Bueno, engenheiro automobilístico e proprietário da Engin Engenharia Automotiva, localizada na Zona Sul de São Paulo. “As ferramentas a serem utilizadas, são as de uso comum em uma oficina, os acessos são fáceis. Têm algumas soluções interessantes como bieletas sem hastes, as molas traseiras separadas dos amortecedores, o que facilita a substituição. O quadro também é fácil de acessar e baixar. Não esqueça de verificar itens como o rolamento do semi-eixo, homocinéticas, pois por mais robusto que seja o sistema, o enorme número de buracos, comum nas grandes cidades, provoca desgaste prematuro destes itens”.
O sistema de freios com ABS, na dianteira utiliza discos ventilados e pastilhas, na traseira tambores. “Para substituir os itens o mecânico não encontra dificuldades, não é necessário recorrer a ferramentas especiais, porém é muito importante checar todo o sistema, verificar as condições dos sensores, limpá-los, verificar empenamento, espessura dos discos. Por exemplo se o mecânico trocar as pastilhas e os discos estiverem empenados, o freio perde eficiência e faz barulho. Para uma manutenção correta, é primordial verificar todo o sistema”, explica Paulo.
Outro item que para ter acesso é necessário levantar o carro é a caixa de direção, que utiliza sistema eletro-hidráulico. “Para verificar ou até substituir a caixa o acesso é fácil, porém, para conferir o nível do fluido o acesso é difícil, pois o reservatório está embaixo do farol do lado esquerdo”, comenta ele.
A opção com câmbio CVT do novo Sandero utiliza o motor 1.6 SCe com 118 cv (E)/115 cv (G) a 5.500 rpm e 16 kgfm (E/G) a 4.000 rpm. “Esta solução de utilizar o amortecedor no capô, ao invés da vareta facilita muito o acesso ao cofre do motor, pois permite um ótimo ângulo de abertura. O acesso ao filtro de ar é muito simples, evoluiu em relação ao outro motor da Renault”, elogia Paulo.
A primeira dificuldade que ele encontra é para acessar as velas. “Um cilindro está exposto, porém, para acessar os outros três é necessário retirar o coletor de admissão com uma chave 10 mm. As velas são convencionais e retiradas com chave 14 mm. Outro item fácil de acessar é o corpo de aceleração, que está bem posicionado, já a sonda anterior ao catalisador é difícil de acessar, e a pós-catalisador o acesso é fácil”, relata ele.
Outro detalhe que chamou a atenção do proprietário da Engin são as várias conexões e suportes em material plástico. “É preciso ter muito cuidado ao desconectar, soltar, destravar essas partes, pois ao menor descuido pode romper. Outro detalhe é que a alta temperatura do motor com o tempo faz essas partes ressecarem. O ideal é utilizar as ferramentas específicas, como o alicate para destravar abraçadeiras, para soltar estas travas com muito cuidado. Outro item também de difícil acesso é o servo-freio. Para o acesso, é necessário deslocar a bateria e o canister, pois está posicionado embaixo do farol direito. A conexão é feita por peças plásticas, também fáceis de quebrar”, avalia Paulo. Ele também avisa que, “principalmente após os 50 mil km, durante as revisões é necessário verificar o estado do coxim do motor. Esta é uma peça que passa por uso severo constantemente”.
De uma maneira geral Paulo Bueno da Engin considera que, “em relação ao Sandero anterior, mudou para melhor, são vários os itens com bom acesso e não há necessidade de ferramentas especiais, ou seja, o carro é simples para realizar manutenções preventivas e corretivas”.
A opção Zen do novo Sandero com câmbio CVT X-Tronic tem preço sugerido de R$ 63.890 e a Intense custa R$ 66.390.
Texto e fotos Edison Ragassi
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